Fahrenheit 451 escrito após o término da segunda guerra mundial, em 1953, fahrenheit, 451 de ray bradubury, revolucionou a literatura com um texto que condena nao só a opressao anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua apreensao numa sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra
Agora, o título de bradbury, que morreu recentemente, em 6 de junho de 2012, ganhou nova ediçao pela biblioteca azul, selo de alta literatura e clássicos da globo livros, e atualizaçao para a nova ortografia
A singularidade da obra de bradbury, se comparada a outras distopias, como admirável mundo novo, de aldous huxley, ou 1984, de george orwell, é perceber uma forma muito mais sutil de totalitarismo, uma que nao se liga somente aos regimes que tomaram conta da europa em meados do século passado
Trata-se da ¿indústria cultural, a sociedade de consumo e seu corolário ético - a moral do senso comum¿, segundo as palavras do jornalista manuel da costa pinto, que assina o prefácio da obra
Graças a esta percepçao, fahrenheit 451 continua uma narrativa atual, alvo de estudos e reflexoes constantes
O livro descreve um governo totalitário, num futuro incerto, mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo
Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de tvs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre
A leitura deixou de ser meio para aquisiçao de conhecimento crítico e tornou-se tao instrumental quanto a vida dos cidadaos, suficiente apenas para que saibam ler manuais e operar aparelhos
Fahrenheit 451 tornou-se um clássico nao só na literatura, mas também no cinema
Em 1966, o diretor françois truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por oskar werner e julie christie.