Relaçao mae e filha nem sempre é fácil, sobretudo quando a filha em questao se chama tati
Desta vez, ela está em crise total
Crise com o corpo, com seus pensamentos, e sobretudo com a sua mae
Tem dias em que prefere sumir do mapa
Em outros, se desmancha em lágrimas e pede colo
Mas na hora de sair com as amigas, a irritaçao é total
Ela acha o maior aluguel ter que ficar dando tantas explicaçoes
Afinal, ela já se acha uma adulta! em mae, você nao está entendendo, tati usa a palavra como arma de sobrevivência
Sentindo que a comunicaçao na sua casa está ficando cada vez mais difícil."afinal, mae, que língua você fala, hein!", ela resolve escrever inúmeras cartas
É um desabafo que pode ajudá-la a entender seus medos e dúvidas
Sem perder o humor, tati mostra o que os adolescentes andam pensando sobre os seus pais
Com sua lógica toda própria, ela nos convence que a bagunça tem sua razao de ser ? "eu quero o prato de brigadeiro em cima da televisao porque assim, quando eu chegar da festa, nao vou precisar ir até cozinha para pegá-lo, ok?"
Apesar destes embates, tati sabe que na hora do aperto é com a sua mae que ela pode contar
Mesmo que o "aperto" seja comprar aquela roupa divina e baratésima da pretenders! "mae, estive pensando..
A gente precisa conversar
..principalmente agora que você resolveu me dar este gelo todo
Nao quero brigar, mas tem um montao de coisas que eu preciso te dizer, sabia? coisas que enchem o saco! tipo assim, arrumar o quarto de cinco em cinco minutos, ir em todos os aniversários de família, fazer um verdadeiro relatório de onde, quando, e com quem saio
Poxa, mae, assim fica difícil, né? tudo bem que nem sempre sou muito fácil, mas eu tô na adolescência e você tem que dar um desconto! sabe lá o que é ficar com a cara cheia de espinha, engordar horrores, morrer de sono de manha e ficar acordadaça de noite que nem uma coruja! bem, pelo menos desta vez, eu mandei bem
Resolvi aproveitar as madrugadas para te escrever estas cartas
Mae, aqui confesso meus segredos mais intimos
Leia com carinho, ok? principalmente quando falo do meu boletim..."