Vencedor do prêmio pulitzer revela de forma inédita o papel da igreja católica no regime fascista
Em muitos aspectos, pio xi e o "duce" nao poderiam ter personalidades mais diferentes
No entanto, havia muito em comum
Nao acreditavam na democracia e abominavam o comunismo
Eram propensos a ataques de cólera e protegiam com todas as forças as regalias dos cargos que ocupavam
Além disso, contaram um com o outro para consolidar seus poderes e alcançar objetivos políticos
Desafiando a narrativa histórica convencional que retrata a igreja católica como forte opositora do regime fascista, david i
Kertzer mostra como o papa pio xi foi crucial para que mussolini instaurasse sua ditadura e se mantivesse no poder, estabelecendo uma aliança que garantiu à igreja a restauraçao de posses e privilégios
Em uma rigorosa investigaçao, que envolveu o estudo de relatórios dos espioes de mussolini na santa sé e se beneficiou sobretudo da abertura, em 2006, de arquivos secretos do vaticano, kertzer nao só constata a nebulosa relaçao dos dois líderes, como também analisa a resistência encontrada pelo pontífice quando, já com a saúde debilitada e à beira da morte, passou a atacar mussolini, suas leis antissemitas e a aproximaçao com hitler
O medo dos prejuízos advindos do rompimento com o regime fascista mobilizou as mais expressivas autoridades do vaticano, entre elas o futuro papa, pio xii
Vívido e dramático, o papa e mussolini traz uma visao cruelmente verdadeira sobre um capítulo obscuro da história mundial, fartamente documentada, narrada com extrema perícia e reconhecida, em 2015, com o prêmio pulitzer de biografia
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