Livro - em algum lugar do paraíso neste novo livro do mestre da narrativa curta brasileira, o leitor irá se deparar com situaçoes inusitadas e questionamentos atemporais que permeiam a experiência humana
Nas 41 crônicas selecionadas entre 350 para em algum lugar do paraíso, todas inéditas em livro e escritas ao longo dos ultimos cinco anos, luís fernando veríssimo fala sobre a vida, a morte, o tempo, o amor, sempre com um ar nostálgico e repleto de reflexoes acerca das escolhas feitas ao longo da existência
A crônica que abre o livro traz adao vivendo no eterno presente do paraíso, sem passado, nem futuro, sem datas e preocupaçoes
Isso até a chegada de eva, que, apenas para puxar assunto, lhe teria perguntado: "que dia é hoje?"
Seria este o marco que tirou a eterna paz de adao, introduzindo a humanidade ao complicado mundo que se conhece hoje
Em outra crônica, um homem entra num bar e se depara com as várias versoes de si mesmo, revelando quem ele poderia ter sido caso tivesse feito um teste para ser jogador de futebol, ou se tivesse, de fato, se tornado um jogador, ou mesmo se houvesse feito ou nao aquele gol
Em outra variante, se depara consigo mesmo se tivesse passado num concurso público, e seus tantos desdobramentos possíveis: se nao tivesse passado, se tivesse casado com a doralice e assim por diante
Dentre essas inúmeras possibilidades, veríssimo faz o personagem e por tabela o leitor refletirem sobre as escolhas feitas ao longo da vida e os resultados delas, mas sem uma culpa ou estigma
Em algum lugar do paraíso é um livro cheio de personagens idiossincráticos e ao mesmo tempo comuns - o papai-noel de shopping, o maître de um restaurante falido, o aposentado, a caçadora de viúvos, casais de longa data, recém-casados, casais que se separam e o solteiro sedutor
Todos possuem as mesmas inquietaçoes, tao comuns a todo mundo
Imagem meramente ilustrativa.