Um dos mais duros e talentosos autores franceses das ultimas décadas, thierry jonquet se firmou no concorrido e exigente mercado europeu com romances policiais e narrativas com grande pendor político
Em tarântula - que inspirou o novo filme de almodóvar, a pele em que habito -, ele visita a barbárie moderna para criar uma fábula perversa de horror sexual e sadismo.uma história com ares de marquês de sade e estética à la bosch, onde o protagonista é um misto de dr
Frankstein e prometeu, o mítico herói grego que rouba a luz dos deuses para dá-la aos mortais
O resultado é um espetacular thriller, uma narrativa desumana, cínica e eticamente dúbia.richard lafargue é um eminente cirurgiao plástico assombrado por perversos segredos
Mantém uma sala de cirurgia no porao de seu castelo..
E sua esposa eve presa no quarto
Um cômodo equipado com um comunicador através do qual dita ordens
Eve somente é libertada para ser exibida em coquetéis
E no ultimo domingo do mês, quando o casal visita uma jovem num asilo para doentes mentais
Após os passeios, lafargue humilha eve e a obriga a manter relaçoes com estranhos enquanto observa.em capítulos alternados, jonquet nos apresenta, ainda, diferentes personagens, aparentemente sem nenhuma conexao entre si
Um criminoso em fuga após matar um policial; um jovem acorrentado, nu, em uma câmara escura, forçado a sofrer todo tipo de tortura nas maos de um misterioso estranho a quem chama de mygale, nome de uma aranha tropical
Todas essas pessoas estao presas numa teia de intrigas, destinadas a encontrarem seu destino.jonquet move magistralmente as peças desse jogo, ampliando o suspense a cada novo capítulo, construindo em tarântula um romance que captura e envolve como uma aranha à sua presa.