O ultimo trabalho de hannah arendt, e considerado por muitos sua obra mais importante o livro investiga o próprio pensamento em sua existência na vida contemplativa, e foi pensado como uma obra em três volumes que explorariam as atividades do espírito que arendt considerava fundamentais
Assim, a autora faz uma análise rica e desafiadora das atividades espirituais do pensar, do querer e do julgar, e dedica-se, passional e racionalmente, à questao fundamental ao ser humano de como a mente opera.a partir de uma apurada releitura dos textos mais importantes dos pensadores que, ao longo da história da filosofia, trataram dos três temas, a autora descobriu aspectos surpreendentes das obras dos grandes mestres
Deste modo, o capítulo sobre o pensar recorre a um extenso material para responder a questoes sobre a posiçao dessa atividade diante do mundo das aparências, sobre a sua origem (o que nos faz pensar?) e sobre a dimensao temporal em que se move o sujeito pensante
O capítulo dedicado ao querer revê a pré-história da noçao de vontade na filosofia antiga, examina a descoberta dessa faculdade no período cristao e a posiçao central ocupada por ela na filosofia moderna, sublinhando o questionamento dessa centralidade na filosofia contemporânea
O capítulo sobre o julgar foi interrompido com sua morte, em 1975
Mary mccarthy, amiga e inventariante de arendt, decidiu suprir essa lacuna com a inclusao de excertos de cursos da autora sobre a filosofia de kant, na qual ela esperava encontrar as fontes para o exame da faculdade de julgar
Com uma linguagem viva e fluente, a vida do espírito desperta a atençao de um público amplo, interessado nos debates intelectuais mais relevantes da contemporaneidade
A traduçao precisa, feita há mais de uma década por um grupo de estudiosos, foi novamente revista para esta ediçao.