Muito antes do homem chegar à lua, ray bradbury já estava em marte
O clássico da ficçao científica chega ao brasil após 55 anos de sua publicaçao
Publicadas originalmente em revistas de pulp fiction, no final dos anos 1950, nos estados unidos, as crônicas marcianas foram reunidas num livro por seu autor, no início dos anos 1960, e interligadas por pequenas costuras narrativas
As crônicas acabaram formando emocionante panorama imaginário da chegada do homem a marte e da colonizaçao do planeta pela espécie humana
Livro que pode ser visto como um romance fragmentado ou uma seqüência conceitual de contos
Ambientada num período que vai de 1999 a 2026, as crônicas marcianas retratam uma epopéia espacial que vai muito além da ficçao científica
Em suas 26 narrativas, o autor se depara com o cotidiano de um planeta estranho - mas nao mais estranho que o nosso -, com a adaptaçao do homem em marte e com o choque cultural entre terráqueos e marcianos
Nao há pistolas laser, discos voadores e homens verdes com anteninhas na cabeça
O olhar original de bradbury focaliza donas-de-casa marcianas que bebem "fogo elétrico", colonizadores terráqueos que recebem comida congelada de "icebergs voadores" e um jardineiro que planta arvores em marte, para inundar de oxigênio a atmosfera rarefeita
Com bom humor, romantismo, suspense e um futurismo retrô, o autor lança afiada crítica à sociedade americana pós-guerra, crítica essa que permanece atual e necessária
É uma visao psicodélica dos dramas do nosso cotidiano, refletindo o medo de uma guerra atômica após a segunda guerra, que poderia (ou poderá?) dizimar a vida na terra.?trim