De martí a fidel - a revoluçao cubana e a américa latina apresenta um panorama do processo revolucionário em cuba desde os anos 30
Nesta segunda ediçao, o cientista político luiz alberto moniz bandeira acrescentou a análise de fatos ocorridos após 1998, data da primeira ediçao, até o afastamento de fidel castro do poder, em 2008
Esta ediçao traz ainda um encarte com fotos de época
O autor destaca o papel de países da américa latina, sobretudo brasil e méxico, em episódios cruciais da revoluçao cubana, como a crise dos mísseis, em 1962
A obra é uma referência entre a literatura desta importante parte da história latino-americana, que predominantemente é impregnada pela visao norte-americana
Para conferir uma visao brasileira sobre o tema, o autor pesquisou por dois anos a documentaçao confidencial e secreta do arquivo histórico do itamaraty entre os anos 50 e 60 e outros documentos de pessoas-chave na política internacional da época como francisco clementino san tiago dantas, ministro das relaçoes exteriores do governo joao goulart
Durante a viii reuniao dos chanceleres americanos, em punta del leste, 1962, o ex-ministro exerceu um papel fundamental ao defender o direito à autodeterminaçao de cuba
Moniz bandeira contextualiza a revoluçao cubana com os demais movimentos revolucionários da época, como o peronismo na argentina (1945-1956) e o regime reformista na guatemala (1944-1954), derrubado pela cia
Segundo o autor, estas e outras revoluçoes ocorridas na américa latina um pouco antes da cubana sao fundamentais para entender o episódio cubano
O autor afirma que a implantaçao do regime comunista nos moldes dos países do leste europeu nao foi reflexo de uma açao da antiga urss, mas sim uma conseqüência da intolerância dos eua em relaçao às políticas públicas igualitárias implementadas na ilha, como a reforma agrária
Moniz bandeira conclui que a radicalizaçao da revoluçao cubana foi uma defesa do país em relaçao aos eua, que ameaçava a soberania da ilha, e uma forma assegurar suas conquistas sociais.