As fotografias das torturas e humilhaçoes impostas a prisioneiros iraquianos por soldados dos estados unidos na prisao de abu ghraib, no iraque, estao entre as mais famosas cenas de guerra da história, comparáveis às dos campos de concentraçao nazistas.elas vieram a público pela primeira vez na ultima semana de abril de 2004, na revista the new yorker e no programa de tevê 60 minutes da rede cbs
Imediatamente, foram reproduzidas por meios de comunicaçao em todo o mundo e se tornaram tema de debate na opiniao pública por vários meses.a gênese do comportamento degradante registrado naquelas imagens é relatada neste livro por meio da história das vidas de seus principais personagens.sabrina harman, lynndie england, megan ambuhl, charles graner, javal davis eram jovens americanos, aparentemente normais
Responsáveis por milhares de prisioneiros num país que desconheciam por completo, sem nenhum tipo de orientaçao, controle ou restriçoes, deram vazao a um sadismo a tal ponto irresponsável que nao viram problema em documentar as atrocidades que cometiam nem de aparecer como personagens das cenas de horror, invariavelmente com expressoes de alegria, como se tudo nao passasse da encenaçao de um espetáculo.as imagens de abu ghraib sao a síntese da guerra do iraque
Este livro explica como foi possível chegar a elas
Mais do que a prova de crimes cometidos e da degeneraçao humana que os permitiu, elas revelam como toda essa operaçao militar foi marcada por negligência, incapacidade, ignorância, descaso com princípios básicos de procedimento.de cima a baixo na cadeia de comando - da casa branca aos soldados rasos - gourevitch revela as características da intervençao americana no iraque, tao bem representadas pelo circo selvagem de abu ghraib
"este livro realiza o admirável trabalho de situar aquelas fotos (que curiosamente nao aparecem no volume) num contexto mais amplo, mostrando que as raízes dessas imagens repulsivas estavam nas decisoes tomadas nos mais altos níveis do governo bush, que deu início à avalanche de torturas ao decidir que nao iria seguir as convençoes de genebra em sua guerra ao terrorismo"
- michiko kakutani, new york times"precisa ser lido." - newsweek"um dos livros mais devastadores sobre o iraque." - new york times book review"fascinante." - the economist