"o sonho de todo aquele que ingressa na magistratura é fazer justiça
Mas a sensibilidade de andréa pachá, que de maneira quase poética escancara suas experiências profissionais, mostra que de fato a vida nao é justa, mas que é possível fazer justiça quando nao se tem medo de ousar diante da realidade da vida." - maria berenice dias, jurista e fundadora do instituto brasileiro de direito de família
Se você está na livraria, em dúvida se leva ou nao o livro que abriu por curiosidade, o melhor é ler uma das crônicas que essa juíza da vara de família escreveu a partir de histórias reais
Qualquer uma
Está com tempo? vá no sumário e procura essas três histórias seguidas: nunca é perda total, o céu que nos protege e quem manda é ela!
Daí, na primeira, você vai ler sobre a utilidade da vida; depois, na segunda, sobre a inutilidade da vida; e, diante dessa indefiniçao filosófica, na terceira, vai sorrir
A meritíssima escritora andréa pachá nao mudou só os nomes das pessoas para garantir o devido segredo de justiça: ela criou as histórias que viveu
Afinal, o que fazem os escritores se nao reinventar a vida? na verdade, ela nao teria tanta idade, nem tantas peles, nomes e sobrenomes para viver essas histórias todas
Digo, para viver todas essas histórias
Ela viveu só um instante de cada uma
E que instante! o clímax, o momento em que os outros personagens jogam suas vidas diante dela, em que o conflito chega ao apice
Sao crônicas, pequenos contos, mas sao também, de certo modo, peças de teatro
Um dia, certamente, umas atrizes e uns atores vao entrar nesses personagens e completar a viagem da andréa do palco ao palco, passando pelos labirintos da vida que, por sua vez, passam pelas salas dos tribunais
Imagem meramente ilustrativa.