A obra autobiográfica de celso furtado é formada por uma trilogia
Em a fantasia organizada, ele relembra o rio de janeiro dos anos 1940 e seu ambiente intelectual que deslumbrou o jovem recém-chegado da paraíba; a devastada europa do pós-guerra, que percorreu durante seu doutorado de economia em paris; os anos vividos na américa latina, como diretor da cepal, onde se formulava um pensamento econômico de influência mundial; os estudos em cambridge, convivendo com os contemporâneos de lorde keynes
A fantasia desfeita cobre os seis anos em que trabalhou com juscelino kubitschek, jânio quadros e joao goulart, como diretor da sudene, e primeiro-ministro do planejamento do país
Punido pelo golpe militar de 1964, dedicou-se, no exílio, à atividade acadêmica nas universidades de paris, yale, cambridge e columbia, onde produziu uma obra teórica vasta e original que expandiu as fronteiras da ciência econômica e aproximou-a das relaçoes internacionais e da cultura
É o que conta no terceiro volume, os ares do mundo, em que evoca também a vida na frança, as viagens aos países do bloco comunista, da asia e da africa
Villa-lobos, lévi-strauss, jean-paul sartre, amartya sen, juan perón, fernand braudel, ernesto sabato, glauber rocha e che guevara sao alguns nomes que cruzam com o autor e personagem deste mosaico autobiográfico
"o autor se mostra um cosmopolita no melhor sentido da palavra
É o odor de heterodoxia que torna esse livro ainda mais fascinante." - gérard lebrun "celso furtado é escritor objetivo, tem força narrativa, poder de convicçao, falando à inteligência e à sensibilidade." - francisco iglesias "trata-se, antes de tudo, de um livro emocionante
Testemunho pessoal de uma época, retrato de experiências profissionais sem par." - edmar bacha