O clássico de philip roth, lançado em 1969, comprova que o humor, a ferocidade e o virtuosismo que fizeram a fama do autor permanecem intactos
A narrativa de alexander portnoy, jovem advogado nova-iorquino, é uma longa confissao no diva do psicanalista
Como desde o início fica bem claro, portnoy é dotado nao apenas de uma inteligência privilegiada como também de uma capacidade ilimitada de encarar a si mesmo com realismo e ironia
Contudo, o narrador-protagonista é totalmente incapaz de se livrar da ligaçao paralisante com a mae, identificada logo de saída como "o personagem mais inesquecível que conheci na minha vida"
Portnoy discorre alternadamente sobre o passado - a infância de filhinho da mamae, a adolescência dedicada acima de tudo à prática da masturbaçao e a tentativas frustradas de perder a virgindade - e sua vida atual - o relacionamento conflituoso com a amante bela porém semianalfabeta, a separaçao e uma viagem a israel que termina com a descoberta de que ele está impotente
Quando lançada em 1969, a história de portnoy, narrada com uma verve extraordinária num tom que oscila entre o hilariante e o patético, foi um grande sucesso de vendas e de crítica: o livro alcançou o primeiro lugar nas principais listas de best-sellers dos estados unidos, e um crítico da revista time comparou-o às obras de henry miller
Décadas depois, o lugar de o complexo de portnoy está mais do que garantido na obra de philip roth e na literatura norte-americana
"roth é o escritor mais corajoso dos estados unidos
Moralmente e politicamente corajoso
E portnoy faz parte dessa coragem." - cynthia ozick, newsday "simplesmente uma das duas ou três obras de ficçao mais engraçadas da literatura norte-americana." - chicago sun-times "comovente, e ao mesmo tempo hilariante e lascivo
Roth tem um talento vibrante
É um dos mímicos e fantasistas mais maravilhosos já produzidos pelo povo mais verbal da história da humanidade." - alfred kazin, new york review of books