Joel silveira tinha 26 anos quando foi escalado para cobrir a segunda guerra mundial para os diários associados
"você vá, mas nao me morra!", foi o que ouviu do dono do jornal, assis chateaubriand, ao ser enviado para a itália
O jornalista chegou à europa no terrível inverno de 1944, e durante nove meses acompanhou a luta dos brasileiros até a rendiçao alema
Joel descreveu momentos cruciais do combate com um texto ao mesmo tempo lírico e informativo: "confesso que nao foi exatamente por delicadeza que naqueles nove meses perdi uma parte da minha mocidade, ou o que restava dela
A guerra é nojenta, e o que ela nos tira, quando nao nos tira a vida, nunca mais devolve." escrito como um diário de bordo, o inverno da guerra reúne as melhores histórias do trabalho de joel como correspondente dos diários associados - publicadas originalmente em 1945 no livro "histórias de pracinhas" fora das livrarias há mais de 30 anos -, além de um texto inédito do autor preparado especialmente para esta ediçao
O livro apresenta o cotidiano de uma guerra com seus absurdos e contradiçoes
É a travessia no navio com seis mil soldados, a chegada numa itália semi-destruída, a relaçao com os outros correspondentes - sobretudo os amigos rubem braga do diário carioca, egydio squeff, do o globo e thassilo mitke, da agência nacional -, o perigoso trabalho de apuraçao e o convívio com pracinhas e oficialato
Há momentos de tensao, medo e horror
De heroísmo e solidariedade
Neste ano em que se comemora os 60 anos do fim da segunda guerra, o inverno da guerra será lançado simultaneamente com um outro clássico do gênero: o gosto da guerra, de josé hamilton ribeiro, um livro emocionante sobre o jornalista brasileiro que cobriu a guerra do vietna.