Em todo o mundo, com raras exceçoes, uma tendência vem marcando o mercado de trabalho desde o advento da globalizaçao: a oferta de vagas tem ficado aquém do crescimento da pea (populaçao economicamente ativa)
Segundo os principais especialistas, o problema tem ligaçao com a conjuntura de retraçao econômica, mas também com o chamado desemprego estrutural, ou seja, aquele provocado pela tecnologia, cujos avanços acabam substituindo o trabalho humano
É um desafio para a economia mundial neste início de século
Contribuindo para a discussao do tema, num momento em que, apesar da aparente recuperaçao do indice de empregos, o desemprego continua sendo um dos problemas que mais preocupam os brasileiros, a m.books lança a ediçao histórica e comemorativa de dez anos do livro ?o fim dos empregos?, do economista americano jeremy rifkin, autor dos best sellers ?a economia do hidrogênio?, ?o século da biotecnologia? e ?a era do acesso?
O autor alerta para o fato de o fim dos empregos constituir o colapso da civilizaçao como a conhecemos e assinalar os primórdios de uma grande transformaçao social e um renascimento do espírito humano
Para rifkin, a incipiente exploraçao desse setor e de numerosas areas que poderiam absorver trabalhadores ? cujo emprego foi vitimado por robôs, mecatrônica, parafernálias cibernéticas e tecnologia da informaçao ? faz com que o desemprego estrutural aumente o número de pessoas em busca de trabalho
Muitas vezes, a causa principal é a falta de requalificaçao para reiniciar as carreiras
?fascinante....rifkin expoe com maestria aquilo sobre o que já tínhamos ciência (ao menos superficialmente), mas receávamos admitir: já nao é necessário que todos trabalhem para produzir as coisas de que precisamos, e que esse simples fato muda praticamente tudo
(...) ele apresenta problemas reais sobre os quais temos pensado muito pouco.? (the washington post) neste livro indispensável, perturbador e todavia esperançoso, rifkin afirma que estamos adentrando uma nova fase na história ? uma fase caracterizada pelo declínio contínuo e inevitável do nível de empregos
Computadores sofisticados, robótica, telecomunicaçoes e outras tecnologias da era da informaçao estao rapidamente substituindo os seres humanos em praticamente todos os setores e mercados
Fábricas e empresas virtuais quase despovoadas surgem no horizonte
Embora o ascendente ?setor do conhecimento? e novos mercados exteriores devam gerar uma nova safra de empregos, ela será muito reduzida para absorver as imensas quantidades de trabalhadores dispensados pelas novas tecnologias
Cada país terá de se ajustar e lidar com os milhoes de pessoas cujo trabalho torna-se cada vez menos necessário, quando nao totalmente desnecessário, numa economia global progressivamente automatizada
Repensar a natureza do trabalho será talvez o mais importante dilema a se impor à sociedade nas décadas vindouras
Assim, rifkin alerta que o fim dos empregos pode constituir o colapso da civilizaçao como a conhecemos, ou assinalar os primórdios de uma grande transformaçao social e um renascimento do espírito humano.