Dando continuidade à renovaçao da identidade visual das obras de ernest hemingway, a bertrand brasil relança paris é uma festa, clássico póstumo do autor, com traduçao e orelha assinada por enio silveira
Ernest hemingway foi sempre contrário ao sentimentalismo
Seus contos e romances mostram o homem em busca de si próprio, descobrindo-se nos momentos de dor, perigo ou derrota
Nenhum idealismo diante da vida: ela deve ser enfrentada como um desafio, e vencida sem arrogância ou perdida sem lamúrias
Paris é uma festa mostra-nos um hemingway diferente, o escritor e o homem fazendo uma viagem sentimental à década de 1920, quando o mundo se abria diante dele e seus companheiros eram a gente anônima das ruas e gente famosa como gertrude stein, james joyce, ezra pound, f
Scott fitzgerald
A cidade e esses "companheiros de viagem" deram-lhe nova dimensao do humano e maior sensibilidade para alcançar os seus dois objetivos primordiais na vida: ser um bom escritor e viver em absoluta fidelidade consigo próprio
Há, em paris é uma festa, momentos de suave melancolia, alternados com outros de cortante, quase selvagem crueldade
De paris, seus perfumes, seus encantos, de si mesmo, de seus amigos e inimigos, hemingway nos deixou, neste livro póstumo, uma série de vinhetas inesquecíveis, escritas com amor e ironia, com humor e saudade
"paris é uma festa mostra-nos o escritor no momento em que está, por assim dizer, fechando o círculo de sua atividade intelectual
Foi em paris, essa festa móvel que se carrega no coraçao, que ele abriu as asas
E foi depois de ter escrito estas evocaçoes de paris, repletas de terna candura, quando recapturou, durante algum tempo, a felicidade perdida, o gosto da descoberta e da invençao, que hemingway se despediu de nós." - enio silveira